quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mártires

Ptolomeu e Lucius – Roma – ano 150


Os guardas levaram Ptolomeu diante de Urbicus, o prefeito da cida­de, pois tinha sido acusado de ser cristão. Seu acusador era um homem cuja esposa se convertera por causa da mensagem pregada por Ptolomeu e que agora já não mais se conformava com o estilo de vida de seu marido. Como o homem não podia torturar a esposa cristã e matá–la, decidiu fazer com que seu "mestre na fé" sofresse.
Urbicus olhou para o velho Ptolomeu e disse:
  Só tenho uma pergunta a fazer: Você é cristão?
Ptolomeu, conhecido por amar a verdade, simplesmente respondeu:
  Sim.
  Guardas – ordenou o governante –, levem–no daqui e matem–no! Todavia um homem chamado Lucius, que estava na multidão, apre­sentou–se e disse:
  Excelência, qual é a acusação? Esse homem não é um criminoso! Não é adúltero, nem assassino, nem ladrão. Ele não violou nenhuma lei. Apenas afirmou ser cristão. Decretar sentença de morte a alguém que declara algo tão digno não trará nenhuma honra ao prefeito, ao impera­dor ou ao Senado romano.
Urbicus olhou para Lucius e declarou:
  Parece–me que você também é cristão. Ele simplesmente respondeu:
  Sim.
–Ótimo! Assim esse velho não morrerá sozinho. Guardas, levem este homem também!
Urbicus esperava que Lucius tentasse fugir, mas ele se curvou em respeito e disse:
– Meu senhor, eu lhe agradeço. Não mais terei de viver em meio a governantes tão  injustos e maus. Alegremente irei morar com o Pai no reino dos céus.
Quando Lucius terminou de falar, outro homem da multidão também se apresentou declarando–se cristão para receber a punição juntamente com seus irmãos e, principalmente, para desfrutar a recompensa com eles.

Jesus Freaks sabem que os sofrimentos desta terra não se comparam com as recompensas que virão. Eles conseguem se alegrar diante dos problemas e até da morte não porque são suicidas, mas porque conhecem a glória que os aguarda.

- Retirado do Livro: Loucos Por Jesus (Jesus Freaks) Pág. 25   Autor: Pr. Lúcio Barreto Jr. ( Colado do BLOG dos nossos Brotherssssssssssss  - Fogo Consumidor )

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Não Existem Perguntas Tolas

Saber quais as perguntas certas a fazer são duas das mais importantes habilidades a desenvolver para se ser bem-sucedido na vida, seja no trabalho, no lar ou em qualquer outra área pessoal.




· Sem fazer perguntas não podemos fazer distinções.

· Se não fizermos distinções não podemos tomar decisões.

· Se não tomarmos decisões não poderemos agir.

· Se não agirmos poderemos fracassar!



Ao contrário da opinião popular, fazer perguntas é sinal de inteligência. Quanto maior for a inteligência, maior a probabilidade de investigar, refletir e questionar. Sempre se está buscando aprender, compreender e crescer. E não existem perguntas tolas. Tolice é não perguntar e buscar esclarecimento quando não entendemos alguma coisa. Quando permitimos que a preocupação com nossa imagem - “Devo aparentar que sei tudo” - tenha prioridade sobre o aprendizado, isto é tolice!



Will Rogers, humorista e observador da vida, disse certa vez: “Todo mundo é ignorante, embora em diferentes assuntos!” De modo similar, por termos tido diferentes experiências, podemos aprender uns com os outros se formos sábios o bastante para fazer as perguntas certas.



A Bíblia diz: “Os pensamentos de uma pessoa são como água em poço fundo, mas quem é inteligente sabe como tirá-los para fora”(Provérbios 20.5). O modo de extrair sabedoria de outras pessoas é fazendo perguntas. Existem vários tipos de perguntas. Aqui vai uma amostra do tipo de pergunta que podemos fazer:



· Perguntas para exercitar a mente: O que aconteceria se...? Existe uma maneira melhor?

· Perguntas que definem: Qual é a questão real aqui?

· Perguntas investigativas: Quais são os fatos? O que precisamos saber?

· Perguntas que resolvem problemas: Quais são as maneiras de superarmos isto?

· Perguntas que estabelecem prioridade: O que é mais importante?

· Perguntas cautelosas: O que há de errado com esta ideia?

· Perguntas catalisadoras: O que nós vamos fazer agora?



Os grandes professores compreendem que fazer perguntas é uma das mais eficientes ferramentas de ensino. Se você é supervisor, administrador, vendedor ou pai, tente esta abordagem: ao invés de dizer que você está procurando liderar, ou o que acha que elas devem fazer, envolva suas mentes fazendo-lhes perguntas. Faça-as pensar e busque conduzi-las às ações que você acha que devem adotar.



Se quiser se tornar um mestre nisso, pegue uma Bíblia e leia os primeiros quatro livros do Novo Testamento (os Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João). Enquanto lê, sublinhe todas as perguntas que Jesus fez. Ninguém foi mais eficiente que Jesus no uso de perguntas para treinar, liderar, ensinar, inspirar e encorajar. Para aprender a fazer alguma coisa bem feita é preciso aprender com o Melhor!



Por Rick Warren

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Entendendo o Jejum

O jejum é a abstinência total ou parcial de alimentos por um período definido e propósito específico. Tem sido praticado pela humanidade em praticamente todas as épocas, nações, culturas e religiões. Pode ser com finalidade espiritual ou até mesmo medicinal, visto que o jejum traz tremendos benefícios físicos com a desintoxicação que produz no corpo. Mas nosso enfoque é o jejum bíblico. Muitos cristãos hoje desconhecem o que a Bíblia diz acerca do jejum. Ou receberam um ensino distorcido ou não receberam ensinamento algum sobre este assunto.

Creio que a Igreja de hoje vive dividida entre dois extremos: aqueles que não dão valor algum ao jejum e aqueles que se excedem em suas ênfases sobre ele. Penso que Deus queira despertar-nos para a compreensão e prática deste princípio que, sem dúvida, é uma arma poderosa para o cristão.

Não há regras fixas na Bíblia sobre quando jejuar ou qual tipo de jejum praticar, isto é algo pessoal. Mas a prática do jejum, além de ser recomendação bíblica, traz consigo alguns princípios que devem ser entendidos e seguidos.


A BÍBLIA ORDENA O JEJUM ?

Não. No Velho Testamento, na lei de Moisés, os judeus tinham um único dia de jejum instituído: o do Dia da Expiação (Lv 23.27), que também ficou conhecido como “o dia do jejum” (Jr 36.6) e ao qual Paulo se referiu como “o jejum” (At 27.9). Mas em todo o Velho e Novo Testamento não há uma única ordem acerca de jejuarmos. Contudo, apesar de não haver um imperativo acerca desta prática, a Bíblia esta cheia de menções ao jejum. Fala não apenas de pessoas que jejuaram e da forma como o fizeram, mas infere que nós também jejuaríamos e nos instrui na forma correta de faze-lo.

Muitos ensinadores falharam de maneira grave ao dizer que, por não haver nenhuma ordem específica para o jejum, então não devemos jejuar. Mas quando consideramos o ensino de Jesus sobre o jejum, não há como negar que o Mestre esperava que jejuássemos:

“Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuardes, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt 6.16-18).

Embora Jesus não esteja mandando jejuar, suas palavras revelam que ele esperava de nós esta prática. Ele nos instruiu até na motivação correta que se deve ter ao jejuar. E quando disse que o Pai recompensaria a atitude correta do jejum, nos mostrou que tal prática produz resultados!

Algumas pessoas dizem que se as epístolas não dizem nada sobre jejuar é porque não é importante, e desprezam o ensino de Jesus sobre o jejum. Isto é errado! Jesus não veio ensinar os judeus a viverem bem a Velha Aliança, Ele veio instituir a Nova Aliança, e todos os seus ensinos apontavam para as práticas dos cidadãos do reino de Deus.

Quando estava para ser assunto ao céu, deu ordem aos seus apóstolos que ensinassem as pessoas a guardar TUDO o que Ele tinha ordenado (Mt 28.20), inclusive o modo correto de jejuar! O próprio Jesus praticou o jejum, e lemos em Atos que os líderes da Igreja também o faziam. Registros históricos dos pais da igreja também revelam que o jejum continuou sendo observado como prática dos crentes muito tempo depois dos apóstolos. O jejum, portanto, deve ser parte de nossas vidas e praticado de forma equilibrada, dentro do ensino bíblico.

Embora o próprio Senhor Jesus tenha jejuado por quarenta dias e quarenta noites no deserto, e muitas vezes ficava sem comer (quer por falta de tempo ministrando ao povo – Mc 6.31, quer por passar as noites só orando sem comer – Mc 6.46), devemos reconhecer que Ele e seus discípulos não observavam o jejum dos judeus de seus dias (exceto o do dia da Expiação). Era costume dos fariseus jejuar dois dias por semana (Lc 18.12), mas Jesus e seus discípulos não o faziam. Aliás chegaram a questionar Jesus acerca disto:

“Disseram-lhe eles: Os discípulos de João e bem assim os fariseus freqüentemente jejuam e fazem orações; os teus, entretanto, comem e bebem. Jesus, porém, lhes disse: Podeis fazer jejuar os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim, jejuarão.” (Lc 5.33-35).

O Mestre mostrou não ser contra o jejum, e disse que depois que Ele fosse “tirado” do convívio direto com os discípulos (voltando ao céu) eles haveriam de jejuar. Jesus não se referiu ao jejum somente para os dias entre sua morte e ressurreição/reaparição aos discípulos (ao mencionar os dias que eles estariam sem o noivo), e sim aos dias a partir de sua morte. Contudo, Jesus deixou bem claro que a prática do jejum nos moldes do que havia em seus dias não era o que Deus esperava. A motivação estava errada, as pessoas jejuavam para provar sua religiosidade e espiritualidade, e Jesus ensinou a faze-lo em secreto, sem alarde.

O jejum pode ser uma prática vazia se não for feito de maneira correta. Isto aconteceu nos dias do Velho Testamento, quando o povo começou a indagar:

“Por que jejuamos nós, e não atentas para isto? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta?” (Is 58.3a).

E a resposta de Deus foi exatamente a de que estavam jejuando de maneira errada:

“Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e para rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto.” (Is 58.3b,4).

Por outro lado, o versículo está inferindo que se observado de forma correta, Deus atentaria para isto e a voz deles seria ouvida.

O PROPÓSITO DO JEJUM

Gosto de uma afirmação de Kenneth Hagin acerca do jejum: “O jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo antes, durante e depois de seu jejum. Mas, jejuar mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se mais suscetível ao Espírito de Deus”. O jejum não tornará Deus mais bondoso ou misericordioso para conosco, ele está ligado diretamente a nós, à nossa necessidade de romper com as barreiras e limitações da carne. O jejum deixará nosso espírito atento pois mortifica a carne e aflige nossa alma. Jesus deixou-nos um ensino precioso acerca disto quando falava sobre o jejum:

“Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos.” (Mc 2.22).
O odre era um recipiente feito com pele de animais, que era devidamente preparada mas, com o passar do tempo envelhecia e ressecava. O vinho, era o suco extraído da uva que fermentava naturalmente dentro do odre. Portanto, quando se fazia o vinho novo, era sábio colocá-lo num recipiente de pele (o odre) que não arrebentasse na hora em que o vinho começasse a fermentar, e o melhor recipiente era o odre novo.

Com essa ilustração Jesus estava ensinado-nos que o vinho novo que Ele traria (o Espírito Santo) deveria ser colocado em odres novos, e o odre (ou recipiente do vinho) é nosso corpo. A Bíblia está dizendo com isto que o jejum tem o poder de “renovar” nosso corpo. A Escritura ensina que a carne milita contra o espírito, e a melhor maneira de receber o vinho, o Espírito, é dentro de um processo de mortificação da carne.

Creio que o propósito primário do jejum é mortificar a carne, o que nos fará mais suscetíveis ao Espírito Santo. Há outros benefícios que decorrerão disto, mas esta é a essência do jejum.

Alguns acham que o jejum é uma “varinha de condão” que resolve as coisas por si mesmo, mas não podemos ter o enfoque errado. Quando jejuamos, não devemos crer NO JEJUM, e sim em Deus. A resposta às orações flui melhor quando jejuamos porque através desta prática estamos liberando nosso espírito na disputada batalha contra a carne, e por isso algumas coisas acontecem.

Por exemplo, a fé é do espírito e não da carne; portanto, ao jejuar estamos removendo o entulho da carne e liberando nossa fé para se expressar. Quando Jesus disse aos discípulos que não puderam expulsar um demônio por falta de jejum (Mt 17.21), ele não limitou o problema somente a isto mas falou sobre a falta de fé (Mt 17.19,20) como um fator decisivo no fracasso daquela tentativa de libertação.

O jejum ajuda a liberar a fé! O que nos dá vitória sobre o inimigo é o que Cristo fez na cruz e a autoridade de seu nome. O jejum em si não me faz vencer, mas libera a fé para o combate e nos fortalece, fazendo-nos mais conscientes da autoridade que nos foi delegada.

Mas apesar do propósito central do jejum ser a mortificação da carne, vemos vários exemplos bíblicos de outros motivos para tal prática:

a) No Velho Testamento encontramos diferentes propósitos para o jejum:

Consagração – O voto do nazireado envolvia a abstinência/jejum de determinados tipos de alimentos (Nm 6.3,4);

Arrependimento de pecados – Samuel e o povo jejuando em Mispa, como sinal de arrependimento de seus pecados (1 Sm 7.6, Ne 9.11);

Luto – Davi jejua em expressão de dor pela morte de Saul e Jônatas, e depois pela morte de Abner. (2 Sm 1.12 e 3.35);

Aflições – Davi jejua em favor da criança que nascera de Bate-Seba, que estava doente, à morte (2 Sm 12.16-23); Josafá apregoou um jejum em todo Judá quando estava sob o risco de ser vencido pelos moabitas e amonitas (2 Cr 20.3);

Buscando Proteção – Esdras proclamou jejum junto ao rio Ava, pedindo a proteção e benção de Deus sobre sua viagem (Ed 8.21-23); Ester pede que seu povo jejue por ela, para proteção no seu encontro com o rei (Et 4.16);

Em situações de enfermidade – Davi jejuava e orava por outros que estavam enfermos (Sl 35.13);

Intercessão – Daniel orando por Jerusalém e seu povo (Dn 9.3, 10.2,3)

b) Nos Evangelhos

Preparação para a Batalha Espiritual – Jesus mencionou que determinadas castas só sairão por meio de oração e jejum, que trazem um maior revestimento de autoridade (Mt 17.21);

Estar com o Senhor – Ana não saía do templo, orando e jejuando freqüentemente (Lc 2.37);

Preparar-se para o Ministério – Jesus só começou seu ministério depois de ter sido cheio do Espírito Santo e se preparado em jejum (prolongado) no deserto (Lc 4.1,2);

c) Em Atos dos Apóstolos vemos a Igreja praticando o jejum em diversas situações, tais como:

Ministrar ao Senhor – Os líderes da igreja em Antioquia jejuando apenas para adorar ao Senhor (At 13.2);

Enviar ministérios – Na hora de impor as mãos e enviar ministérios comissionados (At.13:3);

Estabelecer presbíteros – Além de impor as mãos com jejum sobre os enviados, o faziam também sobre os que recebiam autoridade de governo na igreja local, o que revela que o jejum era um princípio praticado nas ordenações de ministros (At 14.23).

d) Nas Epístolas só encontramos menções de Paulo de ter jejuado (2 Co 6.3-5; 11.23-27).


DIFERENTES FORMAS DE JEJUM

Há diferentes formas de jejuar. As que encontramos na Bíblia são:

a) Jejum PARCIAL. Normalmente o jejum parcial é praticado em períodos maiores ou quando a pessoa não tem condições de se abster totalmente do alimento (por causa do trabalho, por exemplo). Lemos sobre esta forma de jejum no livro de Daniel:

“Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram em minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que se passaram as três semanas.” (Dn 10.2,3).

O profeta Daniel diz exatamente o quê ficou sem ingerir: carne, vinho e manjar desejável. Provavelmente se restringiu à uma dieta de frutas e legumes, não sabemos ao certo. O fato é que se absteve de alimentos, porém não totalmente. E embora tenha escolhido o que aparentemente seja a forma menos rigorosa de jejuar, dedicou-se à ela por três semanas.

Em outras situações Daniel parece ter feito um jejum normal (Dn 9.3), o que mostra que praticava mais de uma forma de jejum. Ao fim deste período, um anjo do Senhor veio a ele e lhe trouxe uma revelação tremenda. Declarou-lhe que desde o primeiro dia de oração o profeta já fora ouvido (v.12), mas que uma batalha estava sendo travada no reino espiritual (v.13) o que ocorreria ainda no regresso daquele anjo (v.20). Aqui aprendemos também sobre o poder que o jejum tem nos momentos de guerra espiritual.

b) Jejum NORMAL. É a abstinência de alimentos mas com ingestão de água. Foi a forma que nosso Senhor adotou ao jejuar no deserto. Cresci ouvindo sobre a necessidade de se jejuar bebendo água; meu pai dizia que no relato do evangelho não há menção de Cristo ter ficado sem beber ou ter tido sede (e ele estava num deserto!):

“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome.” (Mt 4.2).

Denominamos esta forma de jejum como normal, pois entendemos ser esta a prática mais propícia nos jejuns regulares (como o de um dia).

c) Jejum TOTAL. É abstinência de tudo, inclusive de água. Na Bíblia encontramos poucas menções de ter alguém jejuado sem água, e isto dentro de um limite: no máximo três dias.

A água não é alimento, e nosso corpo depende dela a fim de que os rins funcionem normalmente e que as toxinas não se acumulem no organismo. Há dois exemplos bíblicos deste tipo de jejum, um no Velho outro no Novo Testamento:

1) Ester, num momento de crise em que os judeus (como povo) estavam condenados à morte por um decreto do rei, pede a seu tio Mardoqueu que jejuem por ela: “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci.” (Et 4.16).

2) Paulo, na sua conversão também usou esta forma de jejum, devido ao impacto da revelação que recebera: “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu.” (At 9.9).
Não há qualquer outra menção de um jejum total maior do que estes (a não ser o de Moisés e Elias numa condição diferente que explicaremos adiante). A medicina adverte contra um período de mais de três dias sem água, como sendo nocivo. Devemos cuidar do corpo ao jejuar e não agredi-lo; lembre-se de que estará lutando contra sua carne (natureza e impulsos) e não contra o seu corpo.

A DURAÇÃO DO JEJUM
Quanto tempo deve durar um jejum? A Bíblia não determina regras deste gênero, portanto cada um é livre para escolher quando, como e quanto jejua. Vemos vários exemplos de jejuns de duração diferente nas Escrituras:

1 dia – O jejum do Dia da Expiação

3 dias – O jejum de Ester (Et 4.16) e o de Paulo (At 9.9);

7 dias – Jejum por luto pela morte de Saul (I Sm.31.13);

14 dias – Jejum involuntário de Paulo e os que com ele estavam no navio (At 27.33);

21 dias – O jejum de Daniel em favor de Jerusalém (Dn 10.3);

40 dias – O jejum do Senhor Jesus no deserto (Lc 4.1,2);

OBS: A Bíblia fala de Moisés (Ex 34.28) e Elias (1 Re 19.8) jejuando períodos de quarenta dias. Porém vale ressaltar que estavam em condições especiais, sob o sobrenatural de Deus. Moisés nem sequer bebeu água nestes 40 dias, o que humanamente é impossível. Mas ele foi envolvido pela glória divina. O mesmo se deu com Elias, que caminhou 40 dias na força do alimento que o anjo lhe trouxe. Isto é um jejum diferente que começou com um belo “depósito”, uma comida celestial. Jesus, porém, fez um jejum normal com esta duração.
Muitas pessoas erram ao fazer votos ligados à duração do jejum… Não aconselho ninguém fazer um voto de quanto tempo vai jejuar, pois isso te deixará “preso” no caso de algo fugir ao seu controle. Siga o conselho bíblico:

“Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras”. (Ec 5.4,5).
É importante que haja uma intenção e um alvo quanto à duração do jejum no coração, mas não transforme isto em voto. Já intentei jejuns prolongados e no meio do caminho fui forçado a interromper. Mas também já comecei jejuns sem a intenção de prolongá-lo e, no entanto, isto acabou acontecendo mesmo sem ter feito os planos para isto.

O JEJUM PROLONGADO

Há algo especial num jejum prolongado, mas deve ser feito sob a direção de Deus (as Escrituras mostram que Jesus foi guiado pelo Espírito ao seu jejum no deserto – Lc 4.1). Conheço irmãos que tem jejuado por trinta e até quarenta dias, embora eu, pessoalmente, não tenha feito um jejum tão longo; o maior tempo que jejuei (apenas bebendo água) foram 21 dias. Mas cada um desses irmãos confirma ter recebido de Deus uma direção para tal.

Vale ressaltar também que certos cuidados devem ser tomados. Não podemos brincar com o nosso corpo. Uma dieta para desintoxicação do organismo antes do jejum é recomendada, e também na quebra do jejum prolongado (mais de 3 dias). Procure orientação e acompanhamento médico se o Senhor lhe dirigir a um jejum deste gênero. Há muita instrução na forma de literatura que também pode ser adquirida.

PODEMOS FALAR QUE ESTAMOS JEJUANDO ?

Algumas pessoas são extremistas quanto a discrição do jejum, enquanto outras, à semelhança dos fariseus, tocam trombeta diante de si. Em Mateus 6.16-18, Jesus condena o exibicionismo dos fariseus querendo parecer contristados aos homens para atestar sua espiritualidade. Ele não proibiu de se comentar sobre o jejum, senão a própria Bíblia estaria violando isto ao contar o jejum que Jesus fez… Como souberam que Cristo (que estava sozinho no deserto) fez um jejum de quarenta dias? Certamente porque Ele contou! Não saiu alardeando perante todo mundo, mas discretamente repartiu sua experiência com os seus discípulos.

Eu, particularmente, comecei a jejuar estimulado pelo relato das experiências de outros irmãos. Depois é que comecei (aos poucos) a entender o ensino bíblico sobre o jejum. E louvo a Deus pelas pessoas que me estimularam! Sabe, precisamos tomar cuidado com determinadas pessoas que não tem o que acrescentar à nossa edificação e somente atacam e criticam.

Lembro-me que o primeiro jejum que fiz na minha adolescência: cortei só o almoço mas tomei um refrigerante para não “sofrer” muito; fiz isto para orar por um amigo que queria ver batizado no Espírito Santo. Aquele rapaz já havia recebido tanta oração, mas nada havia acontecido ainda. Portanto, jejuei e orei em seu favor. Hoje sei que não foi grande coisa mas, na época, foi o meu melhor. Pois bem, alguém ficou sabendo e me ridicularizou, disse que jejum de verdade era ficar o dia todo sem comer nada e bebendo no máximo um pouco de água; esta pessoa disse que eu estava perdendo meu tempo e que só fizera um “regimezinho”, pois o verdadeiro jejum não admitia nem bala açucarada na boca, quanto mais um refrigerante!… mas naquele dia meu amigo foi cheio do Espírito Santo e preferi acreditar que o jejum funcionava.
Depois ouvi outros irmãos comentarem sobre jejuar mais de um dia e “fui atrás” , e assim, aos poucos, fui aprendendo (a jejuar e sobre o jejum) aquilo que não aprendi na igreja ou na literatura cristã. Penso que de forma sábia e cuidadosa podemos estimular outros à prática do jejum, basta partilharmos nossas experiências e incentiva-los.
CONCLUINDO

Haverá períodos em que o Espírito Santo vai nos atrair mais para o jejum, e épocas em que quase não sentiremos a necessidade de faze-lo. Já passei anos sem receber nenhum impulso especial para jejuns de mais de três dias e, mesmos estes, foram poucos.
E houve épocas em que, seguidamente sentia a necessidade de faze-lo. Porém, penso que o jejum normal de um dia de duração é algo que os cristãos deveriam praticar mais, mesmo sem sentir nenhuma “urgência” espiritual para isto.

Quando meu filho Israel estava para nascer, o Senhor trouxe um profundo peso de oração e intercessão ao meu coração. Sabia que devia jejuar; era uma “urgência” dentro de mim. Não ouvi uma voz sobrenatural, não tive nenhuma visão ou sonho a respeito, simplesmente sabia que tinha de jejuar até romper algo, e o fiz por seis dias. Ao final soube que havia alcançado uma vitória.

Na ocasião do parto, minha esposa teve uma complicação e quase perdemos nosso primeiro filho; contudo, a batalha já havia sido ganha e o poder de Deus prevaleceu. Devemos ser sensíveis e seguir os impulsos do Espírito de Deus nesta área.

Isto vale não só para começar a jejuar mas até para quebrar o jejum. Já fiz jejuns que queria prolongar mais e senti que não deveria faze-lo, pois a motivação já não era mais a mesma…
Encerro desafiando-o a praticar mais o jejum, e certamente você descobrirá que o poder desta arma que o Senhor nos deu é difícil de se medir com palavras. A experiência fortalecerá aquilo que temos dito. Que o Senhor seja contigo e te guie nesta prática!

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Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com

Vá Pregue e Morra!!!!

Menos tempo na frente do PC... Mais tempo sozinho com Deus... + tempo em Lugares de sombras....
PREGUE O EVANGELHO!!!!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A Verdadeira Paz



Há muitos anos, um rei criou um concurso para premiar o artista que melhor captasse, numa pintura, a perfeita Paz. Muitos tentaram e, ao final, o rei gostou de apenas duas.


A primeira era um lago, calmo e cristalino, onde refletiam as imagens de montanhas e árvores que o ladeavam. O céu era de um azul perfeito e todos os que fitavam a pintura enxergava nela um profundo conteúdo de Paz.

A segunda pintura tinha um quebra-mar sobre as rochas escuras e sem vegetação. O céu enegrecido, pontilhado por raios e trovões, precipitava uma grande tempestade. Definitivamente, essa pintura não revelava nenhum conteúdo de Paz e Tranqüilidade.

Mas, quando o rei observou mais atentamente, verificou que no alto das rochas, havia um pequeno arbusto crescendo de uma fenda, neste arbusto, encontrava-se um pequeno ninho e ali, no meio do mar revolto e céu tempestuoso, um pequeno passarinho descansava calmamente.

O rei então escolheu a segunda pintura e, diante de uma platéia surpresa, explicou:

“A verdadeira Paz não é estar num lugar calmo e tranqüilo, sem trabalho arduo e dor. Paz, significa que, apesar de estarmos no meio das adversidades e das turbulências da vida, permanecemos calmos em nossos corações, esta é a verdadeira Paz”.

Na mensagem acima, de autor desconhecido, encontramos uma importante lição, de fato, em relação à percepção que temos das coisas.

É normal que vejamos a paz como um quadro sereno e tranquilo em nossa vida, ao nosso redor, propiciado pela ausência de guerra, de conflitos, de tribulações, de doença, etc.

Contudo, a Palavra de Deus nos diz:

“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp. 4.6,7).

A verdadeira paz é aquela que Cristo nos dá, que nos faz sentir-nos seguros, mesmo no meio das lutas e tribulações. Falando em tribulação, a Palavra de Deus diz que devemos nos gloriar sobre ela, ” também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança”(Rm. 5.3,4).

Somente uma paz superior, proveniente de cima, de Deus, pode nos garantir paciência em meio às tribulações. É algo que “excede todo o entendimento”, à semelhança do pássaro que fez o seu ninho num arbusto, em meio a tempestade turbulenta, somente a Paz de Deus pode nos dar a verdadeira calma e tranqüilidade para enfrentarmos todas as dificuldades da vida.


Que Deus nos ajude a desfrutar essa verdadeira paz.

‘Posso todas as coisas naquele que me fortalece’. Filipenses 4.13



Fonte: http://www.aoreidosreis.com/

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Rede Brave + Conectados a Fonte

Dia 12 de Novembro estaremos na IEQ Vila Tingui... Adorando ao Pai com a Galera do
Conectados a Fonte!
OBS: Não vai ter Rede na IEQ Vila Americana Ok. Vamos tds para o Tingui!!!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Camisetas Rede Jovem Brave

As novas camisetas da Rede Brave já estão a venda
R$ 30,00

Encomendas.. Mande e-mail para  - lipecrz@gmail.com  ( Felipe )

Modelo 1 – Com Brasão e letras em cor Branca


 Modelo 2 – Básica com Logo da Rede Brave

OBS:
--> Não vamos fazer o modelo 1 na cor amarela ok!
--> Disponibilidade sujeito a confirmação

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vigilia no Centro terapêutico - RESGATE E VIDA

Estivemos ministrando no Centro Terapêutico Regate e Vida - Dia 15/10



 
Foi Tremendo o que Deus fez Naquele Lugar!!!

Ganhadora do Notebook - Rifa dia 15/10

Galera... Segue ai a ganhadora do Notebook -  Ganhadora: Gerusa -
Ganhou com o número 172
Deus abençoe a Todos que ajudaram!!!

domingo, 16 de outubro de 2011

Uma Noite mais do que especial

      Louvor e adoração com o Ministério ( Shores Of Grace   - Nic Billman e Rachael Billman  - USA )

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

CRENTE "CHICLÉTS" - Só mastiga a Palavra, mas não engole...
CRENTE PIOLHO - Anda pela cabeça dos outros...
CRENTE PIPOCA - Vive dando pulo...
CRENTE MACACO - Vive pulando de igreja em igreja...
CRENTE NÔMADE - Vive trocando de Hábitat
CRENTE PASSAGEIRO - Vive passeando pelas igrejas...
CRENTE CARRAPATO - Vive colado nos outros...
CRENTE SANGUESSUGA - Vive sugando os bens dos irmãos...
CRENTE URUBU - Vive se alimentando da carne dos irmãos... "Huumm... Hoje vamos comer Pastor a Milanesa"
CRENTE CAMALEÃO - Está toda hora mudando pra se adaptar ao ambiente...ao mundo, a igreja, etc.
CRENTE 007 - Esse é o agente secreto de Cristo, ninguém sabe que ele é crente...
CRENTE IÔ-IÔ - Está sempre saindo e voltando para as mãos de Deus...
CRENTE ELEVADOR - Está sempre subindo e descendo na vida espiritual...
CRENTE LEÃO - Não se meta com ele, pois ele é o rei da igreja...
CRENTE JACARÉ - Tem uma BOCA...
CRENTE PAPAGAIO - Só sabe orar usando no máximo 20 palavras...
CRENTE PINGÜIM - Vive sempre numa Geleira Espiritual...
CRENTE CHUCHU - Não tem gosto de nada...
CRENTE DENOREX - Parece mas não é...
CRENTE BRASTEMP - Não tem comparação... (COM CRISTO)
CRENTE RUBINHO BARRICHELO - Corre toda hora mas nunca vence...
CRENTE TOCHA - Tá toda hora queimando... "queima demônio, queima ele Jesus!"

CRENTE KIKO DO CHAVES - Esse não se mistura com a "Gentalha"
CRENTE CHAPOLIN - Você pode contar com ele, menos com sua astúcia...
CRENTE NOÉ - Nunca as coisas são pra ele. Ele diz:  "NOÉ COMIGO IRMÃO"
CRENTE HOMEM-ARANHA - Sobe pelas paredes por qualquer coisa...
CRENTE 6Hrs - Sempre querendo que os outros orem por ele: "SEIS" ORA POR MIM TÁ BOM?"
CRENTE ZAGALO - Os irmãos vão ter que "me engolir"
CRENTE CHACRINHA - Só dá abacaxi pros irmãos.
CRENTE PÃO DE FÔRMA - Miolo mole, casca grossa, chato e quadrado...
CRENTE REXONA - A Bíblia sempre debaixo do braço...

CRENTE CABELEREIRO - Trabalha só para fazer a cabeça dos outros...
CRENTE RIVALDO - Se acha o bom e injustiçado!
CRENTE URSO - No inverno ele fica hibernando...

CRENTE ÔBA-ÔBA - "Tudo é festa".
CRENTE CARRINHO-DE-MÃO - Alguém tem que empurrá-lo até a igreja...
CRENTE FRÁGIL - CHEIO DOS "Não me toques!"
CRENTE GABRIELA - "Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou assim, vou ser sempre assim..."
CRENTE MACHADO - Qualquer idéia, ele já corta!
CRENTE BULE - de "PÔ CAFÉ" (POUCA FÉ).
CRENTE ESCOTEIRO - Só vai em acampamento....
CRENTE ROCAMBOLE - Esse vive enrolado...
CRENTE KODAK - Vive de Revelação em Revelação...
CRENTE ENXADA - Quando o pastor tá pregando, ele diz: "É PRÁ MIM!"
CRENTE PÁ - Quando o pastor tá pregando, ele diz: "É PÁ ELE!"
CRENTE COM DOM DO CANTO - Fica sempre lá no canto da igreja, sozinho...

CRENTE CELULAR - Só vive desligado ou fora de área...
CRENTE AVIÃO - Vive nas nuvens...
CRENTE FOGUETE - Vive no mundo da lua...



Hummmmmmm quem é vc nesta listinha????

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O chamado para uma revolução

Cremos que somos uma geração de libertadores, porque o nosso chamado se assemelha ao de Moisés. Ele também foi resposta de Deus ao clamor de uma nação de escravizados. Contudo, muito antes de tratar com os filhos de Israel, Deus teve que tratar com Moisés; e antes de ser usado Moisés teve que ser primeiro liberto daquela geração, de si mesmo, da opinião dos homens e da mentalidade natural.
 Moisés viveu e foi formado na mentalidade egípcia, assim como nós na grega, mas houve um momento em sua vida, em que ele ouviu a voz de Deus chamando-o a libertar Israel, quando teve que romper de maneira absoluta com o Egito e suas estruturas, a fim de servir a Deus somente.
Ele abriu mão do “sucesso” desta vida. E foi justamente esta decisão – profunda e ousada – que afetou por completo toda a sua vida e a da nação de Israel. Foi sua atitude radical - de um homem radical com Deus - que mudou todo o curso da história do povo de Deus em sua época.
Moisés passou, mas o propósito de Deus persiste. Hoje o Egito é o mundo e tudo o que ele nos oferece é um “palácio”. Entretanto, para nós que cremos no Senhor, tudo é vaidade. Somente uma coisa importa aos radicais com Deus: o galardão vindouro. É necessário que tenhamos a convicção do Chamado e a disposição de abandonar os impedimentos, para atender a Deus.
Primeiro impedimento: A mentalidade (e os valores) deste Século
“O que pensamos quando estamos com liberdade para pensar sobre o queremos ser” é o que somos ou logo seremos. O pensamento instiga o sentimento, que dispara a ação. Se queremos agir corretamente, temos que pensar corretamente.
A imagem que temos de Deus determina o Deus que adoramos. O relacionamento com Deus exige de nós um espírito novo e uma mente nova. É aqui que a batalha se trava: a mente de Cristo versus a mente do mundo (Rm 12:1). Quem nasce de novo, tem um espírito novo e uma mente velha que precisa ser renovada. Esta é a guerra.
Se você tem tratado por comum o que Deus chama de santo, é tempo de arrependimento! Que “imagem” você tem do Deus a quem serve? O povo de Israel adorou um bezerro de ouro, porque era a imagem egípcia que tinham de Deus. Hoje também a nossa geração tem reduzido o Deus incorruptível, não a um bezerro, mas à imagem do homem corruptível.
Assim como Israel estava rodeado por uma sociedade que adorava animais e insetos, a igreja hoje está rodeada por uma cultura que adora o homem. Hoje somos “amiguinhos de Deus” e achamos que o que Deus quer é que “sejamos felizes”.
Há uma geração de filhos de Deus dentro da Igreja que, como o povo de Israel, embora libertos, têm carregado seus “bezerros de ouro” por causa de uma mentalidade mundana e presa ao passado. Uma geração que tem um espírito novo, mas uma mente velha e cheia de valores fúteis, desenvolvendo um relacionamento “sensual” com Deus - uma intimidade sem temor -, totalmente dependentes das emoções e sensações em seu relacionamento com o Deus que é o Senhor do Universo.
O rio cristalino que flui do coração de Deus em nossos cultos está sendo contaminado pelas águas impuras que escorrem dos altares de abominação de Eros. Cristo tem sido cortejado com uma familiaridade que revela total ignorância de quem Ele é por parte dos que O “adoram”.
Sei que estas são palavras duras, mas, como pastor, tenho que tomar a minha arma de guerra e defender as minhas ovelhas, ao invés de me ater em simples meditações de temas inspiradores, enquanto elas correm perigo de vida.
Segundo impedimento: O Cristianismo instantâneo
O “valor do instantâneo” tem produzido o “Cristianismo instantâneo”, que hoje serve aos mesmos propósitos da Religião: ignora o passado, garante o futuro e libera o crente para seguir as inclinações da sua carne com “boa consciência” e o mínimo de restrição.
Esse Cristianismo confunde milagres com mágica e desconsidera que o ato de fé em Cristo estabelece um relacionamento pessoal entre dois seres morais inteligentes - Deus e o homem reconciliados -, que não se estabelece senão em uma vida de andar juntos, dia após dia, numa caminhada bem longa.
Os adeptos desse conceito ignoram os efeitos santificadores dos sofrimentos, do carregar da cruz e da obediência prática; olvidam a necessidade de treinamento espiritual, de formar hábitos espirituais corretos e de lutar contra o mundo, o diabo e a carne. Livram-se da necessidade de vigiar, lutar e orar, e se consideram liberados para gozar deste mundo enquanto aguardam o outro.
Terceiro impedimento: O “deus Entretenimento”
A maneira como pensamos o mundo estabelece o nosso relacionamento com ele e afeta diretamente o nosso relacionamento com Deus. O mundo nunca mudou, mas como tem sido diferente a visão do crente hodierno com relação a ele, do que era a dos nossos pais na fé!
Os homens de Deus do passado concebiam o mundo como um campo de batalha. Acreditavam que o pecado, o diabo e o Inferno compunham uma força única; enquanto Deus, a justiça e o Céu eram a força contrária à deles. Que os dois poderes lutavam incessantemente na natureza humana, sendo a sua inimizade profunda, grave e irreconciliável.
Para eles, o crente tinha que escolher de que lado ficar. Não havia neutralidade. Era caso de vida ou morte - Céu ou Inferno; uma guerra mortal que duraria a vida inteira, mas que traria gozo e paz eterna ao vencedor, no fim da jornada cristã.
Hoje o fato é o mesmo dentro do Cristianismo, mas a sua interpretação mudou totalmente. Os homens não pensam mais no mundo como um campo de batalha, mas sim como um parque de diversões. “É certo que não morrerás...”, disse o diabo a Eva no Jardim. E hoje ele continua com a mesma estratégia: “Viva tranqüilo... Afinal, por que ser tão radical? Você não vai morrer agora mesmo...”.
Essa é a mentira milenar que tem prevalecido para nos impedir de nos preocuparmos com a urgência do cumprimento da vontade de Deus: que não estamos aqui para lutar ou sofrer, mas para nos divertir. Infelizmente, para muitos cristãos, esta não é uma terra estranha, mas um lar. Isso tem afetado a vida cristã conforme o padrão de Deus.
A mente por traz de tal conceito faz todo mundo “fazer de conta” que é crente, buscando uma vida feliz e sem problemas, pregando um Evangelho promocional, de um “Jesus-Papai-Noel” que nos enche de presentes para que nos sintamos motivados a segui-lO. O resultado disso é um povo “raso” e egoísta, que não conhece a Deus, que não é Igreja de verdade, e que deixa o diabo em paz para fazer o seu trabalho nesses dias do fim.
O desordenado apego atual a toda forma de entretenimento é prova de que a vida interior do homem está em sério declínio. O homem comum tornou-se um parasita no mundo, extraindo “vida” do seu ambiente, incapaz de viver um só dia sem o estímulo que a sociedade lhe fornece.
Os homens estudam e se esforçam para ter um excelente emprego, para ganhar muito dinheiro, com o único fim de poderem se divertir bastante. Ter prazer é algo saudável, desde que o entretenimento seja usado com discrição, como forma de relaxamento e descanso. Mas a grande questão é que o entretenimento hoje está sendo cultuado como um “deus”, contra quem no passado a Igreja lutou acirradamente, evitando ter sua atenção desviada da sua responsabilidade moral para com Deus e o Seu propósito. Mas o que vemos hoje? – A Igreja uniu-se a ele!
Em muitos lugares, o “entretenimento gospel” há muito tomou o lugar central nas igrejas, que se transformaram em verdadeiros teatros e palcos de espetáculos, para isso removendo do centro Aquele que é a essência da vida cristã – Jesus Cristo - e substituindo a adoração a Deus pela adoração ao homem e ao seu prazer.
É também por isso que somos pelas células. Nelas não há pregador famoso, nem grupo de louvor famoso, nem equipes de dança, nem qualquer outro atrativo “especial” que possa chamar a atenção do crente ou do visitante. Ali só há Cristo e só se firma quem quer Cristo e não atrações.
Você precisa avaliar sua vida à luz da Palavra de Deus e rejeitar todo tipo de envolvimento com o que quer que seja que disperse a sua atenção de seguir a Cristo Jesus, como Seu discípulo, custe o que custar.
Este mundo, definitivamente, não é um parque de diversões! Posicione-se, meu irmão! Hoje Deus está em busca de quem não corre atrás dos “grandes homens”, mas sim do grande Deus, que está edificando uma Igreja santa, pura, separada, comprometida, envolvida com o Seu propósito. Você está dentro ou fora desse padrão?
A imagem que temos de Deus precisa ser formada pela Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada – e não pela nossa limitada e influenciada percepção espiritual. Nós não somos senhores de nada, mas Ele – o Deus Triúno - é o Senhor absoluto de tudo o que existe! Estamos aqui para serví-lO e fazê-lO feliz – e não o contrário (ainda que muitos gostariam que assim o fosse).
Moisés teve que tomar uma decisão difícil - de romper completa e profundamente com aquela geração e com seus valores. Ele teve, assim como Jesus, de ir ao deserto para experimentar o Deus da sarça. Teve que lutar com o diabo na experiência do cajado que se transformou em serpente. Teve que lutar com a carne na experiência da mão leprosa Teve que lutar com o mundo na experiência das águas que se tornaram em sangue.
Ele teve que aprender a depender de Deus, teve que ser liberto de si mesmo e do povo. Só então ele pôde ser usado como libertador daquela geração escravizada, a fim de estabelecer um lugar de adoração apropriado ao Senhor – um lugar de intimidade, onde a glória de Deus se manifestasse em sua própria face.
Moisés abandonou o lugar seguro e subiu sozinho no Sinai. Aprendeu a cultivar a solidão de um líder. Aprendeu a obedecer a fim de receber estratégias acertadas para conquistar as cidades da Promessa. Ele se reproduziu em Josué pelo muito que se dispôs e obedeceu primeiro.
Agora é a nossa vez! O bastão da corrida da fé já nos foi passado. A nossa geração geme, esperando pela manifestação dos filhos de Deus. O Espírito Santo geme, intercedendo pela manifestação da Igreja. E quanto a nós? Também não vamos gemer para que Deus Se manifeste em e através de nós, para libertar essa geração dos padrões mundanos, para, com a mente de Cristo, conquistar o padrão tão sonhado por Deus – de uma Igreja de vencedores?
É hora de tomarmos posição como um povo liberto do pecado, do mundo, da carne e do diabo, para sermos canais de libertação aos que, perdidos, caminham desgovernadamente em direção ao Lago de Fogo.
Pastor Naor Pedroza.
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